MARIA LUIZA LINK CECHELLA
- Esposa de Luigi Cecchella -
Maria Luiza Link Cecchella
Sobrenomes nesta página: ACHUTTI, CECCHELLA, CECHELLA, CLASSEN, FEDERHENN, GASSEN, LINK, SEBASTIANY.
MARIA LUIZA SEBASTIANY LINK nasceu em Picada Café-RS, em 12-08-1866 e faleceu em Santa Maria-RS, em 20-03-1951. Era filha de PEDRO (Peter) LINK (nascido em 04-04-1842, em Persheid/Prússia) e de MARIA LUIZA GASSEN SEBASTIANY. Seus avós paternos eram JOHAN LINK e ANNA MARIA FEDERHENN, naturais da Alemanha, que, em 1845, imigraram para o Brasil. Seus avós maternos foram JOSÉ (Joseph) SEBASTIAN(Y), nascido em 1821 na Prússia e falecido em Pareci Novo/RS, e ANNA GASSEN, nascida em 1825.
Seus bisavós maternos foram PETER SEBASTIAN e ANNA GERTRUDES CLASSEN. Os Sebastiany entraram no Brasil em 1846, vindos da Prússia,localizando-se no interior de Montenegro/RS onde hoje é o município de Tupandi/RS e Pareci Novo/RS. Ao que se sabe, os Sebastiany são originalmente oriundos da Itália, onde se denominavam Sebastian. Por razões não conhecidas, refugiaram-se na Alemanha, onde, para não serem perturbados ou perseguidos, germanizaram seu nome acrescentando o "y", tornando-se Sebastiany (ver mais detalhes sobre a trajetória dos Sebastiany, clicando aqui).O casamento de MARIA LUIZA com LUIGI CECCHELLA, imigrante italiano, ocorreu em 29-10-1888, na Capela do então distrito de São Pedro de Bom Jardim, hoje município de Ivoti-RS (à época, o distrito pertencia a São Leopoldo-RS). Após o casamento, ela passou a assinar-se MARIA LUIZA LINK CECCHELLA.
O casal teve quatro filhos: Luiz (1889), Anna Maria (1890), Regina (1894) e Maria Luiza (1902).
MARIA LUIZA
Após a morte de seu marido, Maria Luiza que havia abraçado a profissão de parteira, assumiu a responsabilidade de criar e educar seus quatro filhos, ainda crianças.
Para nós, seus descendentes, é curioso e gratificante encontrar pessoas que relatam que seus familiares nasceram pelas mãos de Maria Link, “a parteira dos alemães”. Nesses relatos, afloram sentimentos de ternura, eficiência, dedicação e carinho que nos orgulham.
Ser parteira foi a primeira e principal atividade de Maria Link, dedicando-se, ainda, ao comércio no ramo da hotelaria, ao cultivo de hortaliças e ao trato de suas vaquinhas leiteiras (jersey).
Porém não descuidava de reunir a família quando eram saboreadas suas deliciosas cucas, cozidas em forno de barro. Com o intuito de distribuí-las ao final do encontro, eram feitas em maior quantidade, dispondo-as, enfileiradas sobre uma estante de madeira, forrada com guardanapo de papel jornal recortado.
Aos 84 anos, vó Maria partiu...
Estas lembranças nos levam a perceber que vovó Maria demonstrava seu afeto e seu carinho muito mais através de seus atos e de seu exemplo pessoal do que através de palavras.
AS LEMBRANÇAS QUE TEMOS DE NOSSA BISAVÓ MARIA LUIZA LINK CECHELLA
A “Vovó Mia” que nós conhecemos
Lia Maria e Maria Helena Cechella Achutti.
Vemos vovó Maria trabalhando, ora plantando, ora cuidando de suas vaquinhas. A vaquinha jersey era seu ícone; nas noites frias, vovó Maria, já velhinha, levantava para cobri-la com um cobertor.
A imagem mais distante: rua Floriano Peixoto com a rua D.Luiza, terreno de esquina onde vovó Maria morava; próximo, na mesma quadra, o grande chalé, onde vovô Luiz e vovó Amantina residiam (podia-se passar de uma para outra propriedade); na rua D. Luiza, ao lado, a casa onde morava a filha mais moça da vovó Maria com sua família, a Maria Luiza; ainda na rua Floriano Peixoto, na esquina, confrontando com a propriedade da vovó Maria, a nossa casa, a primeira casa construída pelo papai Bortholo para ser nossa residência; Aloyzio com, aproximadamente, um ano, Helena com 5, Lia com 7, mamãe, Luiza, com 24.
Naquele tempo, a casa da vovó Maria era de madeira, pequenina e simples. Dificilmente conseguimos imagem da vovó Mia dentro de casa. Vemos vovó sempre trabalhando, no pátio, dando pasto para sua vaquinha, tirando o leite, plantando pasto, hortaliças, verduras. As suas plantas eram mais relacionadas com a alimentação do que com o jardim.
A sua figura já nos parecia idosa, um pouco curvada, lembrando quem se ocupa em cuidar a terra; o mesmo, suas mãos!
Usava roupas de algodão, de cores sérias, antes escuras do que claras; o comprimento da saia quase até o tornozelo. Não dispensava o avental que protegia toda a parte da frente de suas roupas. Tinha por hábito usar um lenço que cobria os cabelos brancos presos, formando um coque. Nos pés, comumente, usava chinelos.
Seus filhos, netos, bisnetos diziam que jamais alguém fazia cuca como a vovó Maria. Eram carregadas de açúcar muito crocante e passas de uva. Já se sentindo adoentada, vovó Maria pediu para tia Regina, sua filha que continuasse sempre a fazê-las para o vovô Luiz. Tia Regina atendeu seu pedido enquanto teve forças para isso.
Lembro (Helena) que por ocasião da minha Primeira Comunhão, vovó Maria chegou em nossa casa de manhã, trazendo uma linda pequenina pia de água benta!
De vez em quando, ela nos presenteava com uma moeda ou mesmo dinheiro de papel (valor pequeno, significado enorme!) que guardava sob o colchão.
Era uma pessoa sensível dentro de sua seriedade. Mamãe (Luiza) contava que a vovó Maria ficou preocupada com o tamanho das gavetas dos seus móveis de quarto. Disse que ficariam muito pesadas para ela – Luiza, abri-las e fechá-las.
Quando Aloyzio nasceu, seu primeiro bisneto homem, vovó Maria ficou muito contente. Alias, os nascimentos devem ter dado sempre grande alegria para ela, parteira por profissão. Era conhecida, respeitada e conceituada na sociedade e entre os médicos. Gostava de ajudar no nascimento do ser humano como gostava, também, imensamente da terra, das plantas e dos animais. Fez vários negócios de compra e venda de terrenos, casas.
Construiu, nesses locais, poços para solucionar o abastecimento de água. Quando doente, na casa da vovó Amantina e vovô Luiz, fomos visitá-la. Conversávamos sobre plantas. Queríamos contar-lhe sobre as onze-horas. Não lembrando do nome, começamos a descrever e a vovó Maria completou dizendo “horas-onze”!
Sentimos que vovó Mia gostava muito de nós, da família. Não lembramos de ouvi-la dizer. Mas é preciso?
Faleceu sob os cuidados da tia Regina, morando numa casinha próxima.
Mulher corajosa e empreendedora. Abriu seu caminho! Dedicava-se aquilo de que gostava. Nunca a ouvimos levantar a voz por estar contrariada. No entanto, demonstrava força, energia e persistência no seu agir.
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