LUIZA CECHELLA
- neta de Luigi Cecchella -




Sobrenomes nesta página: ACHUTTI, CECHELLA, CECHELLA, DIAS, MANSUR.


Outros textos sobre LUIZA CECHELLA, escritos por seu filho Aloyzio Achutti e sua sobrinha Lúcia Dias Cechella.


Luiza Cechella Achutti

Em sua memória, em nome da família, seu filho Aloyzio.

Há pouco mais de um ano (28/10/1998) celebrávamos nesta mesma igreja de Nossa Senhora do Líbano o centenário do nascimento de meu pai, Bortholo Achutti, esposo de Luiza Cechella Achutti, minha mãe, cuja missa de sétimo dia estamos celebrando hoje.

Minha mãe, de semita só tinha um costado judeu, além do italiano e alemão. Não tinha ascendência libanesa, mas adotou o nome de um vilarejo das montanhas, perto de Beirut, ao se casar com meu pai. Achutti era o Antonio que chegou por aqui com seu irmão José por volta de 1889, recebendo mais tarde outro irmão chamado Maron e a irmã Maria. Seus nomes denunciam a religião e a cultura cristã.

Dez anos após a chegada de vovô Antônio Mansur Achutti, nascia em Santa Maria meu pai, e mais treze anos depois minha mãe. Ela casou-se quase menina, aos 16 anos. Eu, seu último filho, nasci quando ela tinha 23.

Luiza Cechella Achutti com sua primeira bisneta Júlia, 1998 (Foto AChutti).

Dedicou-se toda a vida inteiramente à família. Enquanto tínhamos outras ocupações, ela se ocupava somente de nós. Assim é que somos muito a continuidade, não somente de seus genes mas também de seus hábitos, de seu gênio, de seus valores, de sua fé e de seu modo de vida.

Sua presença permanente deu-lhe também na família um poder muito grande que ela soube exercer com discrição, mas com muita firmeza.

Nos últimos tempos, na medida em que os anos foram lhe roubando a destreza, teve a assistência zelosa de minhas irmãs (duas Marias: Lia Maria e Maria Helena) que lhe permitiram viver mais alguns anos até os seus quase 89.

Com a participação de sua nora, minha esposa (Valderês) teve a felicidade de ver netos (Luiz Eduardo, Ana Lucia e Lucia Helena) e com minha nora e genro (Maria Cristina e Sergio) bisnetos (Julia e Pedro Martin) que lhe enchiam a vida de alegria. Acho que se identificava com a bisneta que viera para lhe substituir (foto). Planejava vir a Porto Alegre para o primeiro aniversário do bisneto. Não podia mais. Ele foi lá na véspera para se despedir. Ela morreu dois dias depois.

Ela, embora agora ausente deste mundo, continuará entre nós porque se excedeu no cumprimento de sua missão: passou para os que lhe seguem seus códigos biológicos, seus valores, sua fé, construindo nossa riqueza com sua história.


Tia Luiza

Lúcia Marina Dias Cechella

Cabelos brancos, um pouco azulados por pequena dose de vaidade. Veste sóbria, como convinha a uma senhora de sua idade...

Atrás da seriedade aparente, escondia-se um terno sorriso que, ao encontro, logo mostrava, doçura, conforto nas palavras,preocupação com o bem-estar dos outros.

Presença certa quando convidada a participar dos encontros da família.

Presença, também certa, sempre que julgasse oportuno. Foi apoio, transmitiu confiança e serenidade frente aos acontecimentos.

Espírito forte porque confiante em Deus. Mulher de fé.

Apoiada em sua bengala - passou a usá-la após fratura – transmitiu que podia ir, sempre, em frente.

Quando tentavam auxiliá-la na caminhada, delicadamente agradecia, dizendo que ainda conseguia fazê-la...

Foi exemplo, tentando ser livre, sendo autêntica, no ser e no agir.

Deixou saudades!


Luiza na chácara do Pinhal, 1999 (Foto: Lia Cechella Achutti).




Celebração da Vida

Aloyzio Cechella Achutti (out/98)

Assinalando a presença de nosso pai, Bortholo, na família Cechella, relembramos “Celebração da Vida” – sentimentos expressos por ocasião do centenário de seu nascimento.

...

Ao celebrar a vida e seus segredos, me vêm à memória três traços marcantes de meu pai. Primeiro, sua paixão pelas descobertas da ciência e da tecnologia, em biologia, farmácia, medicina, eletrônica e fotografia. Segundo, seu enorme respeito pela utilização do poder adquirido: embora tivesse sido campeão brasileiro de tiro ao alvo em 1922, no Rio de Janeiro, por ocasião do Centenário da Independência, nunca o vi sequer matar um passarinho até seus 80 anos. E por último suas inseparáveis máquinas fotográficas que não sei como passaram para meu filho que se encontra hoje em Paris completando seu doutorado em Antropologia Visual.

Muito rara foi a convivência com o avô, mas ele termina a introdução de sua tese dizendo: “Meu avô fotógrafo, Bortholo Achutti, da janela do sótão, com seu telescópio, invadimos a intimidade da lua. Do seu laboratório no fundo de casa, vi como se podia aprisionar a luz na forma da própria lua".



Tio Bortholo

Lúcia Marina Dias Cechella

Vestindo terno e chapéu é a imagem que guardo do homem fotógrafo como, comumente, é lembrado.

A casa, à rua Francisco Mariano da Rocha, onde morou com tia Luiza e filhos, é de uma arquitetura inconfundível entre as demais que a rodeiam. Também inconfundível, o modo de ser e de viver de sua família. Unida entre si – atenta aos outros – com muita discrição.

Ah!... A casa nº 101. De decoração aconchegante – mérito, acredito das mulheres – tinha um toque único, com seus móveis antigos, distribuídos com sobriedade e, com um sutil toque passado-presente dado pelas fotografias, pelas flores, pelos mimos conservados através do tempo. Estes, recebidos pelo bem-querer ou adquiridos com precisão, como a dizer, vale a pena tê-los...

Divaguei,... a proposta era falar sobre o tio Bortholo. Conheci-o tão pouco...

Refazer o texto? Não!

Relendo, senti que falei dele sim, refletido neste simples e sentimental relato.



Cordão umbilical

Aloyzio Cechella Achutti

(Em memória de Luiza Cechella Achutti, recém falecida, uma homenagem a todas as mães do mundo)

Em tempos quando a genética parece tudo explicar e, quem sabe resolver, no caminho do genoma humano, quando um dos cromossomas já se encontra totalmente mapeado, e as maravilhas da engenharia genética já se acumulam a cada dia que passa, poderia parecer que o papel da mãe fosse o de uma simples estação de troca, num processo em que tudo já viesse predeterminado.

Não é bem assim. O pesquisador inglês David J. P. Barker ensina ser o útero mais importante do que os genes, sugerindo que os destinos são traçados no caminho que vai do ventre ao colo materno.

Sabendo da enorme quantidade de genes disponíveis no momento da geração humana, a maior parte deles jamais utilizada, pode-se dizer que originalmente nossa chance de sermos todos muito mais parecidos é muito maior, e que a grande diferenciação se faz pela seleção materna, através das circunstâncias nas quais se vive durante o período em que dela se é dependente, de sua nutrição alimentar e afetiva.

A escolha dos recursos genéticos que devem ser ativados ou preservados depende dela, não através de um processo racional e consciente, mas de códigos modulados pelas suas circunstâncias, comportamento e afetividade. Assim se explicam não somente os dotes de cada um, mas também fragilidades e também propensões para doenças.

O pai, em geral entra como contribuinte direto somente na formação do banco genético original, mas depois só indiretamente, na medida de sua influência sobre a mãe.

As teorias satisfazem na medida em que servem para explicar os fenômenos observados, ou para revelar as etapas ocultas dos processos já em andamento, mas a preocupação agora não se restringe à etiopatogenia da ateroesclerose, da cardiopatia isquêmica, da hipertensão arterial ou da doença cerebro-vascular. Trata-se de pensar na mãe quando se a vai perdendo.

É como se enquanto presente, ela fosse a grande biblioteca na qual se pudesse a qualquer momento buscar nossas referências, mesmo não o fazendo. Agora queimada, só restam as cinzas da memória. Do período crítico no qual ela exerceu sua função de matriz não se pode ter consciência, mas encontram-se arquétipos e marcas bem definidas na cultura de todos os povos, respeitando a mãe, mesmo que não valorizando adequadamente a mulher.

Se a mãe está intimamente ligada à vida de cada indivíduo, está também necessariamente ligada à morte, por ser esta a estratégia básica de renovação e manutenção da vida da própria espécie. Quando ela morre fica bem claro que nossas referências pessoais são temporárias e estão definitivamente perdidas, garantindo a biodiversidade. O projeto da vida vai muito além dos limites da vida do indivíduo e só tem sentido quando integrado no grande projeto humano, de cujo início só restam mitos e o futuro se perde no curto horizonte da perspectiva.

É muito provável que ao perambular pelos frios corredores do mundo científico eu esteja evitando mostrar meu umbigo, sinal de uma ligação tão íntima, determinante de minha identidade e de meu caminho. Da ruptura do cordão umbilical restam apenas laços afetivos, além da cicatriz ridícula e que parece não ter sentido nenhum...



Luiza Cechella Achutti: Memória como celebração do centenário (15/02/1911 - 05/12/1999)

Aloyzio Cechella Achutti
(15 de fevereiro de 2011)

Para celebrar o centenário de mamãe, selecionei algumas imagens com o pretexto de lembrar alguns momentos de sua trajetória. As imagens podem ultrapassar o texto, facilitando a cada um acrescentar suas próprias memórias e imaginações. Também ela casou com um apaixonado pela fotografia, tem uma filha mestra em artes visuais, e um neto doutor em foto-etnologia.

As imagens deveriam, portanto, falar sozinhas, mas este texto pode ajudar a justificar as escolhas, chamar atenção para alguns detalhes, e servir como pretexto para que os leitores contribuam corrigindo ou estimulando nossa memória.


Fotos: arquivo pessoal de Aluyzio Achutti


A primeira é provavelmente a foto mais antiga da Luiza, provavelmente de outubro de 1911 quando ela tinha oito meses. A foto já está carcomida e foi tomada pelo Venâncio Schleiniger, provavelmente em seu estúdio, bem ao estilo da época, com vinheta e uma máscara oval que lhe acrescentam uma textura peculiar. Loirinha, cabelo liso e pouco, olhar curioso. Fiquei também curioso por saber como era a pulseirinha que sua mãe, a vó Amantina, havia colocado no punho esquerdo de sua primogênita. Era uma menina robusta, prenunciando sua longevidade até quase os noventa anos.


Luiza - 8 meses


Na segunda ela aparece numa foto de primeira comunhão com sua irmã Edith, um ano mais moça e que a ultrapassou na existência. Deviam ter menos de dez anos. Vestidas também a rigor, para a ocasião, de branco com véu e grinalda. Luiza ajoelhada num genuflexório em foto de estúdio do mesmo fotógrafo.


Luiza e Edith (Foto: Venâncio Schleiniger)


A terceira é uma foto de colégio, junto com mais 22 colegas adolescentes e a professora franciscana freira do Colégio Sant’Anna, ela é a quarta a partir da esquerda na última fila. Chamam atenção os sapatos de bico fino, hoje de novo na moda, calçando os pés que aparecem. A última fila está encarapitada num banco para melhor aparecer.


Luiza e colegas do Colégio Sant´Anna.


Na quarta foto, mostra seu lindo perfil, com a sombra projetada na parede. Cabelinho “a la home” vestido rendado, relógio ou pulseira de novo no braço esquerdo. Deve ser também foto de estúdio. Tenho uma foto muito parecida, mais ou menos na mesma postura, de Dona Léa, mãe da Valderês, que regulava em idade com a mamãe. Deveria estar com seus doze ou treze anos, idade hoje de nossa neta (e primeira bisneta dela) Julia.


Luiza - 12 ou 13 anos.


A próxima foto, sabemos que foi tirada pelo papai, na ocasião seu namorado ou noivo, quando ela deveria ter quinze ou dezesseis anos e ele seus vinte e nove. Temos duas fotos em sequência (a outra faz parte da coleção, mas não foi incluída). Nesta está com o olhar um tanto desconfiado, olhando de lado, com os braços tensos. Na outra foto já está com sorriso mais aberto (aparentemente mais descontraída) e com os braços mais relaxados. Imagino que o fotógrafo deva ter colaborado para a mudança de postura.


Luiza - 15 ou 16 anos.


A outra é a foto matrimonial clássica. Também foto de estúdio. Ele um garotão de 29 anos que fez questão de casar dois dias antes para não constar da certidão que já tivesse completado os trinta. Lindo buquê de margaridas.


Casamento de Luiza (16 anos) e Bortolo


Saltando uma das imagens está o santinho de lembrança do casamento para os amigos. É um tríptico com um cenário bucólico e Cristo menino no centro com o dístico: “ A paz esteja convosco. Não temais.”. Se não me engano (*ver NOTA no final), palavras que disse o Criador quando se mostrou a Adão e Eva no paraíso, depois que eles haviam comido do fruto proibido. Não deve ter sido intencional a escolha com as dúvidas de uma menina de 16 anos ao se casar, mas me permito fazer a associação.




Na próxima imagem Luiza aparece com sua primeira filha Lia Maria no Pinhal, em 27 de janeiro de 1929, quando ela já tinha seis meses. Ao lado estão vovó e vovô e, na foto original, aparece muito mais gente: Alzira, Teodorinho, tia Amália, Zelda, etc. Lia está sentada numa carreta, embaixo de uma figueira que acho ter conhecido em veraneios posteriores, na mesma casa que, na ocasião, aparece em reforma.


Casa no Pinhal (região serrana próxima à Santa Maria).
Luiza com sua filha Lia (bebê) e seus pais Luiz Cechella e Amantina Link.


Na próxima, Luiza aparece com a segunda filha no colo, Maria Helena, aparentemente recém-nascida.




Em seguida a clássica foto familiar, também de estúdio, na qual eu estou no colo da mamãe, também com poucos meses, provavelmente em 1934. Está toda a família do vovô Luiz Cechella, com a vovó Amantina. Mamãe e papai já com os três filhos, tia Edith com seu marido Salvador Isaía, já com Yolanda, crescidinha, no colo. Tio Nilo (meu padrinho), tio Walter e tio Ary (com uniforme do “gymnásio” Santa Maria).



Boas de Prata de Luiz Cechella e Amantina Link, com filhos e netos.


A próxima é de 1939, acho que antes de nos mudarmos para Agudo, também foto de estúdio do Koehn, que era casado com uma prima da mamãe. Tenho nítida memória daquele momento e de ter que ficar de pé no cenário com a janela aberta.





Na próxima imagem, de um pouco depois, aparece Luiza com as duas filhas, suas companheiras e que a cuidaram até o fim.


Anos 40


Na outra, também foto de família e também em estúdio, mas com estilo moderno, deve ser de imediatamente antes da década de 1950. Dizem minhas irmãs que a mamãe fez questão de tirar a foto porque achava que iria morrer logo. Estava com sintomas de úlcera péptica e deveria estar entrando na menopausa.




A próxima imagem é de uma lembrança das Bodas de Prata.




A foto seguinte do casal deve ser mais ou menos desta época e foi tirada no jardim de nossa casa, na travessa Villeta.




A próxima imagem retrata mamãe já viúva, sozinha, com um ar melancólico que muito a caracterizava.


Luiza - abril/1979.


Juntei uma nossa, mais ou menos desta época, de minha família, com Valderês e nossos três filhos: Luiz Eduardo, Ana Lúcia e Lúcia Helena. A Lucinha era ainda nenê e o ambiente parece o da casa da mamãe em Santa Maria, no inverno, se levarmos em conta a vestimenta.




Daí um salto para 1997 com sua primeira bisneta, Julia, em nossa sala em Porto Alegre. Ela parecia feliz com aquela que a viria substituir.




Logo em seguida veio o primeiro bisneto, Pedro Martin, no colo da Lucinha, ainda nenê.




Na penúltima foto, ela está de volta ao ambiente do Pinhal de onde saiu sua mãe. Está trazendo flores do jardim da casinha que há muitos anos lá mandou construir. Gosto desta foto, que a tenho em nosso escritório, porque ela parece feliz, apoiada numa bengala, mas flutuando em baixo do arvoredo, como uma fada (já idosa, não como as que nos impõe nas histórias de carochinha).


Luiza na sua chácara no Pinhal.


Por fim os quatro bisnetos (há uns cinco ou seis anos atrás), em nosso jardim. Dois deles ela não conseguiu ver, mas todos eles carregam os genes dela e destas famílias que deverão representar na continuidade biológica desta história que começamos a contar cem anos atrás, mas que de fato se perde nas profundezas do tempo.


No sentido horário: Júlia, Pedro Martin, Antônio e Eduardo.


Se formos contemplar também os valores culturais e morais veiculados por toda esta gente, há muito, mas muito mais mesmo, por trás destas imagens, e valores que não se apagarão com o tempo.

Nota do autor:
Realmente eu estava enganado. Respeitando a fonte e a verdade, esta frase está no livro do Gênesis, Capítulo 43, versículo 23, na história de José no Egito, no encontro com seus irmãos. “Ficai tranquilos" - respondeu-lhes ele, - nada temais. É o vosso Deus, o Deus de vossos pais, quem vos pôs um tesouro em vossos sacos o vosso dinheiro me foi entregue". Depois trouxe-lhes Simeão. Perdoem-me pela falta, pois a referência da fonte estava lá. Não foram palavras do Criador no paraíso, mas do intendente de José, dirigidas para seus irmãos quando voltaram para comprar alimento em época de penúria, e tinham razão para temer porque, como hebreus eram mal vistos pelos egípcios e já haviam passado por uma prova anteriormente.
De qualquer forma, minha falha deu oportunidade para rever a Bíblia, contando sobre acontecimentos e condutas atuais: penúria, fome, insegurança, temor, discriminação étnica e cultural e instabilidade no Oriente Médio. Também, se quisermos ver, há também um clima afetivo, mais difícil de entender dentro dos referenciais de tantos séculos depois, mas vale a pena retomar o Gênesis e redescobrí-lo.

Também na data do centenário de nascimento de Luiza (15-02-2011), foi celebrada uma missa em Porto Alegre, com a presença de seus filhos, netos e bisnetos. Um pequeno texto foi elaborado por seu filho Aloyzio para ser lido na missa.

TEXTO SUMÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DAS INTENÇÕES DA MISSA (lido pelo Monsenhor Ubano Zilles).
Nossa mãe viveu quase noventa anos.
Celebramos na missa de hoje os 100 anos de seu nascimento em Santa Maria. Seus ascendentes (dos quais temos notícia desde 1680, há sete gerações), protestantes e católicos, chegaram ao Brasil, procedentes da Alemanha e Itália entre 1830 e 1880.
Fez seu curso fundamental no colégio Sant’Anna, de freiras franciscanas, e casou-se muito cedo, aos 16 anos.
Nosso pai Bortolo Achutti, era filho de imigrantes, pai libanês maronita e mãe italiana.
Tiveram três filhos professores: uma artista Lia Maria; outra farmacêutica Maria Helena; e um médico Aloyzio.
Sua nora, Dra. Valderês Robinson, lhe deu três netos: Luiz Eduardo, Ana Lúcia e Lúcia Helena.
Chegou a conhecer dois bisnetos: a Julia e o Pedro Martin; mas depois ainda vieram mais dois: o Antônio e o Eduardo.
Seguiu o modelo de sua época: cuidando da família e da educação dos filhos, mas procurou que suas filhas se adaptassem às mudanças dos novos tempos.
Prendada e laboriosa, foi sempre muito discreta, mas sabia bem o que queria, e como fazer valer seus desígnios.
Durante vinte anos ficou viúva, constantemente assistida pelas duas filhas.
Hoje desejamos compartilhar a celebração não somente da sua vida, mas também dos valores e da cultura que, junto com nosso pai, construiu e nos legou.





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